COMPREENSÃO VERSUS SIMULAÇÃO: IMPLICAÇÕES FILOSÓFICAS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E O TRANSUMANISMO

Autores

  • Antonio Valdemar Kukul Filho FABAPAR

Resumo

Sob o título “Compreensão Versus Simulação: Implicações Filosóficas da Inteligência Artificial e o Transumanismo”, neste artigo refletiremos sobre as interações entre a inteligência artificial e o transumanismo, explorando como essas questões afetam nossa compreensão da condição humana e suas repercussões filosóficas. Inicia-se com a desconstrução da ideia de inteligência artificial forte, discutindo siglas e limites que cercam o tema. A distinção entre IA forte e IA fraca revela tanto potencialidades quanto restrições, atualizando também o experimento mental do Quarto Chinês de John Searle, que questiona se uma máquina pode realmente compreender como um ser humano. O texto avança para o transumanismo e a singularidade tecnológica, enfocando a transformação da condição humana através da integração tecnológica, que busca superar limitações biológicas e cognitivas. Essa transformação levanta questões ontológicas relevantes sobre a definição do humano, especialmente à medida que ele se entrelaça com a inteligência artificial, conforme discutido por Ray Kurzweil. Por fim, o texto aborda imaginários sobre a convivência entre humanos e máquinas, sugerindo que essa nova realidade não se caracteriza estritamente como inteligente ou artificial. O conceito de habilidades incongruentes ressalta a complexidade das interações emergentes desse cenário. Com base em um diálogo com teóricos como Alan Turing, Miguel Nicolelis, Luc Ferry, Luciano Floridi e Max Tegmark, o artigo convida à reflexão crítica sobre a tensão da possibilidade de as máquinas apresentar compreensão, ou oferecer uma simulação de entendimento humano.

Palavras-chave: Ontologia. Inteligência Artificial Forte. Transumanismo. Singularidade Tecnológica.

Understanding versus simulation: philosophical implications of artificial intelligence and transhumanism

Abstract: Under the title "Comprehension Versus Simulation: Philosophical Implications of Artificial Intelligence and Transhumanism," this article will reflect on the interactions between artificial intelligence (AI) and transhumanism, exploring how these issues affect our understanding of the human condition and its philosophical repercussions. It begins with the deconstruction of the idea of strong artificial intelligence, discussing the acronyms and boundaries that surround the topic. The distinction between strong and weak AI reveals both potentialities and constraints, while also updating John Searle’s Chinese Room thought experiment, which questions whether a machine can truly understand like a human. The text then progresses to transhumanism and technological singularity, focusing on the transformation of the human condition through technological integration, which seeks to overcome biological and cognitive limitations. This transformation raises relevant ontological questions about the definition of the human, particularly as it intertwines with artificial intelligence, as discussed by Ray Kurzweil. Finally, the text addresses imaginaries regarding the coexistence of humans and machines, suggesting that this new reality cannot be strictly categorized as intelligent or artificial. The concept of incongruent abilities emphasizes the complexity of the emergent interactions within this scenario. Engaging in a dialogue with theorists such as Alan Turing, Miguel Nicolelis, Luc Ferry, Luciano Floridi, and Max Tegmark, this article invites critical reflection on the tension surrounding the possibility of machines exhibiting comprehension or merely providing a simulation of human understanding.

Keywords: Ontology. Strong Artificial Intelligence. Transhumanism. Technological Singularity.

Biografia do Autor

Antonio Valdemar Kukul Filho, FABAPAR

Doutorando em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Mestre e Bacharel em Teologia pelas Faculdades Batista do Paraná (FABAPAR). Especialização em Gestão de Conflitos na área de Teologia (FABAPAR). Bacharel em História pela Universidade Estácio de Sá. Na área de Teologia estuda temas ligados à Teologia Pastoral, Administração Eclesiástica, Liderança Ministerial e Teologia Sistemática. Em Filosofia estuda temas ligados à Filosofia da Mente: Representação Mental do Conteúdo Moral; Modelos de Realismo Científico; Linguagem, Realidade e Cognição; Biomelhoramento Humano e Cognição, Transumanismo, Inteligência Artificial, bem como o estudo da Consciência, em especial a tese do Naturalismo Biológico de John Rogers Searle. Diretor Geral da Convenção Batista Paranaense e das Faculdades Batista do Paraná (FABAPAR).

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Publicado

26/12/2024