Adquirindo sensibilidade transcultural: uma missão especial para as igrejas
Resumo
Cada indivíduo possui determinada cunhagem cultural, que está em constante movimento devido à interação com pessoas de outras culturas. Dessa forma, as pessoas estão sempre aprendendo e se desenvolvendo transculturalmente. Estas mudanças vêm acompanhadas de sentimentos de insegurança e medo. Os filósofos da Antiguidade já reconheciam que o encontro com o desconhecido causa dor, por melhor que seja a intenção. O pedagogo Milton Bennett apresentou um conceito de aprendizado transcultural cujas diferentes etapas procuram fazer justiça a cada pessoa e à sua respectiva situação e capacidade de aprendizado. Ainda que a estrutura escalonada do modelo seja questionável, as pontes desenhadas por Bennett são muito úteis no trabalho transcultural nas igrejas. Assim, é possível tomar consciência das atitudes etnocêntricas ou mesmo etnorrelativas - as nossas e as do outro - e a partir disso elaborar o próximo passo a ser dado no progresso do relacionamento, sem exigir demais nem de si mesmo nem do outro. O autor ilustra sua teoria com experiências extraídas especialmente da interação entre alemães e africanos, mas que são aplicáveis a qualquer encontro transcultural. Justamente no contexto das igrejas é possível criar ambientes e encontrar “pessoas-ponte” que possibilitem a interação transcultural de forma positiva, ainda que para isso sempre seja preciso ter muita paciência.
Palavras-chaves: Igreja. Cultura. Etnocentrismo. Aprendizado transcultural.
ACQUIRING TRANSCULTURAL SENSITIVITY: A SPECIAL MISSION TO THE CHURCHES
ABSTRACT
Each individual has certain cultural acquisition, which is in constant motion due to the interaction with people from other cultures. Thus, people are always learning and developing culturally. These changes are accompanied by feelings of insecurity and fear. The philosophers of antiquity already recognized that the encounter with the unknown causes pain, no matter how good the intention. The pedagogy of Milton Bennett presented a concept of transcultural learning whose different stages seek to do justice to every person and their respective situations and learning ability. Although the model of the stepped structure is questionable, the bridges designed by Bennett are very useful in the transcultural work in churches. So one can be aware of ethnocentric attitudes or even enthnorelations - our own and those of others - and from that develop the next step to be taken in the relationship progress without overtaxing himself or the other. The author illustrates his theory with experiences drawn especially from the interaction between Germans and Africans, but are applicable in any transcultural encounter. Precisely in the context of the churches one can create environments and find "people-bridge" to enable the cross-cultural interaction in a positive way, although patient is needed.
Keywords: Church. Culture. Ethnocentrism. Learning transcultural.